sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Deixa ventar


“tudo vem do ven-tudo vem
do vento vem tu-do vento vem
do vento vem tudo
tudo bem”
             (Do Vento – Arnaldo Antunes)


Me agarro na árvore de tronco velho
Quando o vento passa
E arrasta meu corpo

Me escoro na rocha firma
Quando o vento passa
E varre minha aura

Me debruço no solo áspero
Quando o vento passa
E assopra minha visão

O passado e o presente
O forte e o frágil
O árido e o suave
E o vento não me rouba mais.

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