sábado, 6 de novembro de 2010

Amigas de outras danças

“E nessa ciranda o mundo inteiro é meu, é seu, é meu, é seu...”
(Ciranda – Palavra Cantada)

À minha amiga-irmã de todas as danças, Éllen:

 
Imagem de WLADMIR CORREIA (Tatá)

Cirandeiro mandou abrir a roda e rodar
E rodando, rodando vi cores, eu vi gente
E o ganzá ia tocando e toda a gente ia girando
Trocou os pares quando vi um rosto novo
Dois corações pulando ao som da caixa se encontraram
E nunca mais pararam de dançar

Improvisando refrões às gargalhadas
Dançaram aos pulinhos
Tapeando as tristezas e repartindo as alegrias
Não importando em importar
Se alguém lhes esbarravam
Ou se os passos ainda erravam

Pisando forte na marcação da zabumba
Com os pés descalços seguiam seu caminho
Os braços entrelaçados imitavam as ondas do mar
E o destino iam chamando
Ele veio e as buscou: irmã preta e irmã branca
Mesmo longe dessa dança
Ainda pulsam no compasso da ciranda.

2 comentários:

  1. E se eu contar pra minha irmã branca que esse poema não é de escrita humana, mas sim de alma eterna?!...
    Eu quero mais é seguir pulsando, e amando, e sentindo, e falando, e respirando TU.
    Um cheiro, irmã branca.
    Éllen Cintra
    =)

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  2. Seguiremos pois, de braços dados, até a música parar...
    Que ela não pare tão cedo!

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