sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Presente para um estranho


“Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é possível fazer sentido.”  (Clarice Lispector)


disseram não me entender envolta por metáforas e jogos de palavras e não me  existindo em versão comentada e panfletos explicativos resolvi me desnudar de pontos finais vírgulas letras maiúsculas parágrafos e rimas para que finalmente vejam que tudo isso não é nada mais que um grito por socorro ou apenas uma forma de expressar o que durante noites e noites me povoam a cabeça e me tiram o sono e ainda me fazem acreditar que sou sensível demais para um mundo casca grossa que imprudentemente me esfola diariamente mas que também me presenteia de forma inesperada com mentes evoluídas um tanto quanto egocêntricas e complicadas feitas justamente para me questionar e me descobrir mesmo que seja num terço de vida já que os outros dois terços ficam por conta da imaginação e criatividade de cada um até porque me entender como diria Clarice é uma mera questão de intencionalidade sensibilidade psicologia comportamental e frações matemáticas

3 comentários:

  1. Acabo de postar essa frase de Lispector no meu blog ai procurei uma imagem para lhe fazer companhia, foi assim que cheguei até você, foi assim que cheguei até seus post's... muitas semelhanças... adorei o post "Despedida"... muito real... muito vivo... muito eu...
    Parabéns... como escreves não se faz necessário se desnudar... e sim exteriorizar o interiorizado...
    Visite-me... e siga... http://bethaniamenezes.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  2. Marcelo Rubens Paiva uma vez disse que um autor depois de um tempo já não sabe mais o que real e o que é ficção, as histórias se fundem. Eu encontrei na escrita uma forma de gritar o que incomoda aqui dentro, por isso tudo é tão real.
    Obrigada pelo comentário e eu sigo por aqui seguindo também suas palavras.

    ResponderExcluir